Reconhecimento e comoção marcaram ontem, no Estádio de San Siro, em Milão, a despedida de Luís Figo dos relvados. O jogador português de 36 anos foi vitoriado de pé por uma claque em lágrimas, no dia em que pôs fim a uma carreira que começou no Sporting e teve momentos de glória no Barcelona, no Real Madrid e no Inter.
Figo entrou em campo por entre alas de jogadores, que lhe ofereceram uma salva de prata e lhe entregaram, simbolicamente, a braçadeira de capitão da equipa dirigida pelo também português José Mourinho.
Sempre envergando a lendária camisola 7, o futebolista actuou com garbo durante toda a primeira parte. Ao minuto 44, o árbitro suspendeu a partida para que o estádio pudesse vitoriar Figo antes da sua retirada para os balneários. Foi um momento de comoção e delírio, com José Mourinho a entrar em campo para abraçar o compatriota.
"Vou recordar este dia para sempre", disse Figo. Ainda sem planos definidos para o futuro, o futebolista parte hoje para umas reparadoras férias com a família. "Não ando à procura de propostas", disse recentemente o jogador, que admite vir a aceitar um lugar no futebol norte-americano, agora "num registo mais calmo".
Para Luís Figo, a carreira "não é o mais importante neste momento". Prioritário, mesmo, é "passar muito mais tempo com aqueles que me estão próximos".
No jogo de despedida de Figo, o Inter bateu o Atalanta Bergamo por 4-3, sagrando-se pela 17ª vez vencedor do campeonato italiano de futebol.
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